1- TRADIÇÃO- A tradição é a tendência
natural de um povo a preservar sua experiência e transmitir de
geração para geração. Chama-se também
Herança Cultural. O Gaúcho é o símbolo da tradição no Rio Grande do Sul,
junto às demais tradições do Brasil
|
2. Para o indivíduo, aderir à herança
nativista, o introduz num processo de enraizamento: ao pago (lugar); à querência (gente); à sua geografia, à sua história e à sua cultura. E
ele passa a ter uma visão construtiva do seu meio e de si mesmo
|
3. Para a coletividade, o culto à tradição
funciona como Cultura de
resistência às falsas culturas de massificação consumista. Criando seus
próprios pólos de atração e motivação, o tradicionalismo fortalece a autoestima e a identidade cultural
|
4. Dentro do sistema espontâneo da
Cultura Nativista, o movimento tradicionalista gaúcho (MTG) é um sub-sistema
insti tucionalizado há 52 anos. Seus Estatutos e Carta de Princípios delimitam os direitos e deveres dos filiados e dos CTG´s
|
5.. Entrar para o CTG, é fruto de uma escolha de quem quer sair do mundo da comparação e entrar para o mundo da comunidade. Mas aí, começa nossa educação. Dentro de nós, sempre há algo já feito e algo ainda por fazer.
|
6. Com o tempo e a experiência descobriremos que no
próprio sistema dos CTG´s, de baixo a
cima, também existem falhas a corrigir
e situações a discutir e modificar. Pensar com a própria cabeça é o primeiro
dever do tradicionalista
|
7. E a quem
- senão ao próprio filiado do CTG -
cabe o direito e o dever de
contribuir e agir pela melhor qualidade
na prática do movimento? Esse é o
grande desafio de todos nós, que amamos a tradição gaúcha e queremos vê-la
prosperar
|
8. Como ensina Barbosa Lessa, o tradicionalismo é um movimento cultural, aberto e
democrático, nascido nos fogos de chão (portanto, não é ideológico). As culturas ideológicas fanatizam grupos e reprimem a criatividade das pessoas.
|
9-
Nossos rituais cívicos como a Chama Crioula e a Semana Farroupilha são Ritmos agregadores que
promovem os símbolos e mantêm vivo o
movimento. Mas o cimento psicológico
de tudo , é a gauchidade, superior
ao gauchismo comum
|
10. O que vem a ser a Gauchidade? Todos
os bons gaúchos, desde o simples peão
aos grandes lidadores, nos legaram exemplos de virtude, desprendimento e cordialidade – gaúchos de alma grande – o modo poético de ser riograndenses
|
11. O CTG não vive para si mesmo, mas
para gerar e semear virtude, como no
lema farrapo:”A virtude seguir, calcar
o vício – eis o dever de um livre americano”. A virtude, um bem
universal, toma côres próprias
na gauchidade riograndense.
|
12 Sem ideologias - basta
ser gente - inspirar-se no falar colorido e nas atitudes sábias das melhores pessôas do campo
pampiano. Eis a receita da gauchidade – praticar as melhores virtudes do nosso Interior, espaço gaúcho do Brasil
|
13. LEITURA. Para pensar com a própria
cabeça, comunicar-se com mais
eficiência e participar com
mais personalidade nas reuniões, o
tradicionalista tem o recurso de cuidar da
sua própria bagagem cultural - no hábito da leitura.
|
14..
A beleza selvagem do pampa sul americano, as habilidades da lida com
os animais e com o couro cru, as lutas pelo território, são campos
fascinantes que desafiam o tradicionalista
a desvendar e navegar nas origens do Rio Grande e sua cultura.
|
15. Os eventos tradicionalistas –
festas campeiras, apresentações de bailados, etc – dão-nos grande prazer.
Porém não esqueçamos que cada um
desses elementos tem sua origem - sua
história. São evocações curiosas da nossa identidade cultural.
|
16. Visitar bibliotecas de origens, nos Institutos
Históricos e Geográficos, é investir no próprio crescimento interior. Ali
contamos com livros dos melhores
historiadores que desvendaram, como em nenhum outro estado, a nossa
história
|
17. Ao lado da história, a literatura
contribui da forma mais agradável para
enriquecer a bagagem do tradicionalista. Os Contos Gauchescos de
João Simões Lopes Neto são a melhor iniciação à literatura e história
gaúcho-brasileira de valor universal.
É um livro de fácil acesso.
|
19. São más culturas: a simplificação
do CTG, as panelinhas, os preconceitos excludentes, o apego aos próprios defeitos,
o derespeito às minorias, a suficiência, a resistência ao diálogo, o autoritarismo, a displicência, etc, -
vícios que nos dividem e enfraquecem.
|
20. Não só as más culturas vindas
de baixo - vícios no CTG e no
seu meio de atuação – são negativas. Por outro lado, os êrros de direção – imposições sem diálogo, dogmas
fúteis, autoridade pela distância – também desensinam
e desencorajam os mais jovens.
|
|
21. MTG E DEMOCRACIA. Num modelo democrático do MTG, todo o
poder vem da maioria, cuja vontade soberana se expressa no Congresso. Ao fim
de cada Congresso, o plenário
deveria aprovar Resoluções e Diretrizes claras para serem
cumpridas em cada gestão.
|
22. As normas do Conselho Diretor
eleito no Congresso e da Convenção a ser convocada , só seriam válidas se obedecessem a
Diretrizes do Congresso. Caso contrário, serão norm ticas; ou de exceção, sujeitas ao
referendo do próximo Congresso.
|
24. Todos devem ser iguais perante os Estatutos do MTG. Qualquer
filiado em dia com suas obrigações , deveriam ter o direito de formular e enviar críticas e sugestões,
não só ao Congresso, mas fora dele também aos órgãos dirigentes do MTG – e
obter resposta.
|
sábado, 21 de fevereiro de 2015
A nossa próxima página tratará doravante do tradicionalismo tropeiro, de cunho nacional. Colocamos esse breviário por ser fruto de 64 anos de colaboração crítica no tradicionalismo gaúcho. BREVIÁRIO DA TRADIÇÃO - Mário Mattos – Dezembro de 2008 Proposição ao 56º. Congresso do MTG realizado em janeiro de 2009 em Canguçu, RS.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nosso heroi, o Tropeiro, é mais abrangente e anterior ao próprio gaúcho riograndense, pois exisste e cumpre sua função histórica desde 1680 nos pampas - 57 anos antes de haver nascido o primeiro gaúcho riograndense, em 1737.Nosso Blog investe na Tradição de render orgulho e glória ao Tropeiro desde luso-brasileiro até o Brasil Império e o Brasil República.
ResponderExcluir