domingo, 3 de maio de 2015
Meus Links, meu emaiil
Prezados amigos internautas: meu email é mmarte1924@gmail.com Amanhã, postarei em Link uma versão ilustrada de meu livro de 1985, Décima de Sepé Tiaraju.Pergunto: Vocês estão conseguindo acessar meus links? Aguardo retorno. Abraço do Mário Mattos
sábado, 11 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
quarta-feira, 1 de abril de 2015
sábado, 14 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
domingo, 8 de março de 2015
Sesquicentenário do nascimento do escritor João Simões Lopes Neto
Em próxima postagem homenagearemos o escritor pelotense João Simões Lopes Neto, pelo decurso dia 9 deste mês de março, dos 150 anos de seu nascimento. E o faremos transcrevendo o conto "Trezentas Onças".
Caráter de nosso Símbolo
Esperamos deixar claro que , embora reconhecendo a legitimidade da tradição riograndense que tem por simbolo a estátua do Laçador, obra do escultor Caringi, entendemos que se trata de um simbolo REGIONAL, válido a partir de 1737 para o Rio Grande do Sul. Queremos significar um simbolo nacional, mais abrangente no território brasileiro e no túnel do tempo. Os tropeiros existem e atuam na história do Brasil, desde os tempos coloniais, - atravessando assim o Brasil-Colônia, como luso-brasileiros - e já como brasileiros, o Brasil Império e o Brasil República, sempre alimentando o país com milhares de animais de transporte e mobilidade. numa obra hoje reconhecida como um processo civilizatório.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
O Tropeiro e sua Montaria, cavalo ou muar.
Este item dirige-se em especial aos Homens e Mulheres "do cavalo", pois sabe-se que essa paixão muito brasileira abrange principalmente a gente do interior. Contudo, nada impede que se considerem tropeiros também os tradicionalistas da cidade no mesmo simbolismo, sem quaisquer discriminações.
A tradição tropeira abrange várias outras áreas - poesia, música, literatura, danças, teatro, cinema, alem de artesanato e culinária etc - onde o tradicionalista pode exercer seus talentos.
SEGUE ABAIXO O LINK PARA DOWNLOAD DESTE ARTIGO:
http://www.slideshare.net/mmarte1924/hipismos-tropeiros
Sugestão de Música para o Hino Tropeiro- Côro com demais estrofes.
SEGUE ABAIXO O LINK PARA DOWNLOAD DA PAUTA:
http://www.slideshare.net/mmarte1924/sugesto-de-msica-para-hino-tropeiro
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Criando Símbolos
Com o hino Tropeiro damos um exemplo da criação de símbolos: em cima do símbolo principal que é a estátua do Tropeiro existente em uma via principal em Sorocaba, SP, elaboramos a letra de um hino tropeiro. A qualidade expressiva deste texto poderá decidir de sua adoção popular, tornando o próprio texto simbólico. Ficamos a dever a música escrita que em breve será informada neste blog.
Criando Símbolos
HINO TROPEIRO
Letra de Mário Mattos - Janeiro, 2015
I
Nos sertões,
cavalgava o Tropeiro,
Dando
formas e cara ao Brasil;
Alvorada
de cascos pampeiros,
Fio de
barba, que vale por mil !...
II
Alvorada
de cascos pampeiros
Deixam
trilhas no imenso Brasil;
E os
caminhos no chão brasileiro,
São
heranças, que valem por mil !...
III
São
heranças das vidas humanas,
Que oprimidas, souberam achar,
Liberdade
pra todas as vidas
E
esperança da vida mudar !...
IV
Cavaleiro,
no bronze talhado ,
Monumento
que vale por mil;
Pela
História, pra sempre lembrado,
E ainda
hoje, animando o Brasil !...
CÔRO
Tradição
tocha acesa tão viva,
Que o
Tropeiro não deixa apagar !.
Tradição,
nossa chama nativa,
Que pra
sempre haveremos de amar !...
Nossa idéia anterior foi a de elaborar um " manual do tradicionalismo tropeiro".Recuamos dessa pretensão de enfrentar sozinho uma tarefa tão complexa e abrangente, que importa na participação de todos os tradicionalistas do Brasil. Nossa contribuição se limitará a transmitir algumas dicas de nossa experiência pessoal e aquelas herdadas do genial Barbosa Lessa..Nosso manual futuramente surgirá como uma obra coletiva, como somatória das diversas contribuições.
Tradicionalismo
tropeiro no Brasil ?
Em maio de 2013, achando-me
em Sorocaba/SP, recebi do amigo e
parceiro de pesquisa Geraldo Bonadio um
convite singular – viajar à Fazenda Ipanema, sita no município vizinho de Iperó, a fim de
participar num Seminário de Turismo Rural. Sendo engenheiro agrônomo
aposentado há 23 anos , com atuação na região de Sorocaba, tal convite para o que
interpretei como “mais uma reunião técnica”, não me causou estranheza – vi
possibilidades interessantes. Achava-me
com minha esposa em mais uma visita a familiares na tricentenária cidade. E, por
saudosismo, escolhera um mês
coincidente com a 46ª. Semana do Tropeiro, tradição que ajudara a
implantar, desde os idos de 1970, 43 anos atrás .
Geraldo
chegou ao hotel e pegou-nos – a mim e a Ruth – no carro de um amigo. No caminho
ficamos sabendo que esse “amigo motorista” era nada menos que o presidente de uma associação
de tropeiros com sede em Sorocaba. Eu já tinha notícia, por meio de outro amigo – o também pesquisador Adolfo Frioli – da
expansão das criações de Muares nas áreas rurais periféricas e da formação de
algumas “associações tropeiras” em
Sorocaba. Assim, minha curiosidade se aguçou.
Chegados
à histórica Fazenda Ipanema , tivemos a
grata surpresa de sentir-nos dentro do
acolhedor ambiente de um evento tropeiro, com caldeirões ao fogo preparando o
“rancho” ao cuidado de mulheres tropeiras,, autoridades e tradicionalistas
vindos de Minas Gerais, do Paraná
diversos pontos, de São Paulo e,
inclusive um simpático deputado vindo de
Piracicaba. Formado o palco, o jovem mestre de cerimônias, em nome da
prefeitura de Iperó - onde se situa a Fazenda Ipanema - deixou
clara a importância dada aos valores do
tropeirismo para um Turismo Rural gerador de emprego e renda. Depois de
homenagear várias personalidades por
seus trabalhos atuais, o locutor fez uma
interrupção para oferecer o microfone a
alguém da platéia. Imaginem a minha surpresa quando esse
alguém - que se imaginava
ali um desconhecido para a maioria dos
presentes – era precisamente este velho tropeiro.de 89 anos. ..
Permita-me pois o Leitor que eu lhe afirme: considero meus
referidos 89 anos – hoje 90 – não como
melancólica velhice, mas como
promissora experiência. E dessa experiência permita-me fazer um leitura audaciosa: A rede imensa de caminhos trilhados em todo
o país pelos tropeiros e suas alimárias são transbordamentos históricos - de animais, de experiências da courama, de
ideais de liberdade e de uma visão de mundo que
alguém chamou Alma de Horizonte – elementos esses oriundos do Pampa
sulino desde os primórdios coloniais. A esse processo civilizatório de origem inequivocamente pampiana,
ousamos hoje chamar de Grande Pampa Cultural. É um Brasil-arquipélago de regiões, cada uma com suas próprias culturas
regionais locais diferenciadas, porém inegavelmente hibridas pelo viés
colorido pampiano da herança cultural
tropeira no interior do Brasil. Tudo isso representa uma a dádiva histórica - o fato de
nós brasileiros sermos irmanados
por uma multifacética tradição
tropeira..E por isso nós, os brasileiros
que, sem ufanismos, acreditamos na
pátria e no povo, podemos eleger o Tropeiro como nosso símbolo nacional regenerador.
1.2. Como eu, gaúcho, virei
Tropeiro
Já residia na região há 12
anos e há 6 anos morava com a família em
Sorocaba. Era 1970 e - por ocasião
de minha
primeira licença prêmio - viajei
ao Sul para assistir o Rodeio Crioulo de Vacaria. Na volta, pousei em São
Paulo, na residência de meu saudoso
primo Barbosa Lessa. Confiei-lhe meu entusiasmo com o que assistira lá no Sul e daí manifestei a intenção de
criar um movimento tradicionalista
na região de Sorocaba. “Mas essa região já
tem uma tradição!” - ponderou-me o Lessa. E passou às minhas mãos o Diário da Noite daquela capital, com reportagem falando do padre historiador do tropeirismo, Luis Castanho
de Almeida e contendo a
foto de dois cavaleiros - Joaquim
Florêncio Leite e seu filho Dionisio. – tropeiros de mulas xucras nos séculos
19 e 20. De posse dessa orientação e de
volta a Sorocaba, visitei a estátua do Tropeiro e logo após fui recebido pelo o “ padre Castanho” – um anjo de simplicidade e
cordialidade, que me presenteou com seu
livro “ o Tropeirismo e a Ferira de
Sorocaba. Dias depois conheci a professora
Vera Ravagnani Job e o
folclorista Roque José de Almeida. Juntos, preparamos uma reunião no Museu
Histórico e Pedagógico de que Vera era a
diretora. Em abril de 1970, juntaram-se ali 12 pessoas admiradoras do padre
historiador –. O professor e musicista Nilson Lombardi informou já existir uma lei municipal de 1963, criando a comemoração anual da
Semana do Tropeiro. A lei fora fruto da repercussão de duas comemorações sucessivas, já
empreendidas nos dois anos anteriores - 61 e 62 - por iniciativa de Vera Job e Roque José de
Almeida. Porém, desde a promulgação do decreto no Diário Oficial do município já
haviam passado 7 anos sem que
surgissem mais iniciativas para promover
a comemoração . Por unanimidade, o grupo
da reunião resolveu comemorar e dar
continuidade já a partir do próximo mês
de maio de 1970. Foi assim que me pus em
campo e passei a agir como um autêntico tropeiro na integração dos
sorocabanos e da região à tradição do
tropeirismo, por quinze anos sucessivos, desfilando a cavalo, dando palestras
nas escolas, escrevendo nos jornais, elaborando cartazes, pôsteres, estatuetas, etc.
Por esse exemplo podes ver ,
amigo leitor, a diferença entre Tradição e Tradicionalismo. A tradição em si é
o fato cultural – existe no seio do povo como brasa sob a cinza. O tradicionalismo
para nós consiste numa metamorfose
interior que leva certas pessoas com senso de missão a vestir a camisa - num
fenômeno de liderança - e assoprar a brasa da Tradição no coração dos
outros – tudo culturalmente, quase sempre pela simples promoção de Simbolos representativos, - atalhos emocionais, que despertam a memória
atávica das raízes populares. Os tradicionalistas – tropeiros e tropeiras são
os agentes ou atores culturais voluntários no re-despertar
da Tradição para a comunidade.
O Movimento Tradicionalista Tropeiro –
Iniciativas – no Brasil
Com dados da
Internet, na virada de 2014/2015, buscamos inventariar - num histórico
dos anos de seu aparecimento – a
relação certamente incompleta mas assim
mesmo esclarecedora, das entidades e
focos de promoção do Tropeirismo em estados do Brasil:
1963
- SOROCABA, SP – é criada a Semana do Tropeiro pelo decreto
municipal n. 1.151 do prefeito Artidoro
Mascarenhas, projeto do vereador Helio Teixeira Callado, a ser celebrada anualmente, na segunda
quinzena de maio.A Semana do Tropeiro já
vai para o 48º. evento, em 2015. Sorocaba conta desde 1954 com um símbolo pioneiro de potencial nacional o bronze eqüestre Estátua do Tropeiro. A
primeira comemoração em sua homenagem foi Iniciativa pioneira de Vera Ravagnani Job,
inspirada em sugestão feita pelo poeta Paulo Bonfim, pela TV. Vera teve o
auxilio do folclorista popular Roque José de Almeida. Nos jornais, a cidade
já contava com os artigos de
Aluisio Almeida( o padre historiador) e de seu fiel colaborador e
seguidor , Porfirio Rogich Vieira.
A partir
de 1970, portanto, 7 anos depois da lei Municipal já citada, ressurge a
auto-denominada 3ª. Semana do Tropeiro, desta vez com o
aporte tradicionalista de Mário Mattos, seguido
por Vera e Roque mais o
talentoso Benedito Cleto e o jovem Helio Rosa Baldy Filho e apoio dos jornais
locais.O Conselho Estadual de Cultura faz-se presente com Barbosa Lessa, Alceu
Maynard de Araujo e outros apoiadores. De 1970 até 1985 a “Semana” contou com
apoio e patrocinio dos Prefeitos municipais sucessivos. Os Desfiles chegaram a
contar com até 2.500 cavaleiros. Ao meio dia os cavaleiros tinham o saboroso churrasco oferecido pela prefeitura.
À tarde, participavam das provas de agilidade nas 5 balisas em duplas, Festas folclóricas e inclusive uma Sinfonia
Tropeira. Por Três vezes, até 1987, Sorocaba recebeu luzidas comitivas gaúchas
enviadas pelo MTG –
trovadores, pares de danças, músicos e cantores dos mais famosos do Rio Grande,
executando Canto Alegretense, Tangos e
Tragédias, etc. .
1977
CASTRO, PR – É inaugurado no antigo
Pouso do Iavô, o Museu do Tropeiro.
Criado em 76 pela idealizadora, professora Judith
Carneiro de Mello, com apoio do prefeito Lauro Lopes. Reuniu nos primeiros
anos cerca de 400 peças típicas – atualmente com mais de
800 peças..Promove mostras itinerantes.
1989
LAPA PR – É efetuado pelo projeto do
IPHAN “ Caminho das Tropas”, o Tombamento do Centro Histórico da cidade , pela
preservação do maior conjunto arquitetônico
do Estado do Paraná - memória
viva do Tropeirismo e tradição cultuada na rede escolar do município, portador de rico acervo de
costumes tradicionais tropeiros. Registro impresso no livro “A Lapa e o
Tropeirismo” de Márcia Scholz Andrade Kersten , Iphan, Curitiba 2006.
1990
– BOM JESUS, RS - Realiza-se o 1º. Seminário Nacional do
Tropeirismo – SENATRO - evento bianual
da Prefeitura de Bom Jesus, , tornado
internacional desde 2000. Em abril/maio de 2014 participamos da sua 12ª versão. O SENATRO tem o mérito da publicação regular de Anais. Coordenação pioneira de professoras da sec. de Cultura do município,
Lucila Maria Sgarbi Santos, Marilene Fávero Torres, Elusa Maria Silveira
Rodrigues, Jussara Lisboa Madeira e Vera Lucia Maciel Barroso .Por ocasião do
evento executa-se original Missa Tropeira
e Passeios históricos.
2002
– ITU, SP – A revista Campo e Cidade é
declarada de Utilidade Pública, por Lei Municipal n.228/02 – produzindo matérias de divulgação
do tropeirismo e da criação de muares. A
edição de maio junho de 2007 tem
ampla cobertura histórica e de atualização do tema, com farta
ilustração fotográfica a cores, tiragem
de 6.000 exemplares. , Nas pags. 8 e 14 da referida edição, figuram 2 desenhos deste Autor, reproduzidos dos Cadernos do
Tropeirismo,, da Academia Sorocabana de Letras,.
2006
ITABIRA, MG – Inaugura-se o Museu do Tropeiro, diretora prof. Eleni, na localidade de Pedro Leopoldo, distrito de
Ipoema. O Centro de Tradições no distrito de Senhora do Carmo, promoveu em 2014 o 1º.Encontro de
Cavaleiros. Apoio da Prefeitura Municipal de Itabira.
Encontramos
ainda registros de tropeirismo em Goiás,
Mato Grosso , Bahia e Paraíba. No nordeste, o tropeiro de tropa arreada é
conhecido como “almocreve “e a tropa de
mulas como “comboio”.
A lista acima, mesmo incompleta, nos
permite avançar duas observações:
1)
Ha de fato um movimento Tropeiro em
marcha no território nacional . Isso confirma nossa tese de que os caminhos
sulcados pelos 2 séculos de tropeirismo abrangem um Grande Pampa Cultural, de dimensões multi-estaduais, - fato esse
que também se reflete historicamente
nos livros de contos regionais dos séculos 19 e 20 –Valdomiro
Silveira SP, Hugo Carvalho Ramos GO,
João Simões Lopes Neto RS, Tito Carvalho
SC, Frederico Lane MS, Afonso Arinos ,
MG., etc.- todos trazendo no final do texto, glossário explicando os
termos gauchescos empregados pelos personagens.
2)
A primeira manifestação moderna de culto
ao tropeiro ocorreu em 1954 com a
instalação da estátua em bronze
do Monumento ao Tropeiro, em
Sorocaba, SP. Foi uma homenagem ao terceiro centenário da cidade que, além de
ser uma das mais antigas do Brasil – fundada em 1654 - foi palco por 150 anos, das famosas Feiras de
Muares – 1750 / 1900. Homenageava-se também o maior historiador , então ainda
vivo do tropeirismo – Aluisio Almeida, o padre Castanho. Graças a ele e sua vasta obra, Sorocaba passou a contar com uma das mais belas e expressivas estátuas
do país - o monumento ao campeador Tropeiro, um símbolo arquetípico para todo o Brasil. 3) Ainda
está por fazer-se uma
articulação democrática de todos os
focos direta ou indiretamente tropeiristas nos
Estados. Num olhar brasileiro para os aspetos diferenciados no Grande
Pampa Cultural – suas belezas naturais específicas, suas comunidades interioranas personalizadas, suas histórias
originais, suas criações culturais e artísticas próprias, vemos que a imagem
campeira do Tropeiro brilha como
um Sol comum integrador sobre
nosso mosaico de culturas locais.
Essa identidade cultural hibrida e
diferenciada, toda ela de raiz nativista
e bem brasileira, possibilita a cada um de nós brasileiro ou brasileira decidir
tornar-se um Tropeiro com o ideal do Bem geral do Brasil. É isso aí, pessoal –
viva a união de todos os tropeiros e suas entidades locais em torno
do movimento ecumênico potencialmente redentor do Brasil - o MBTT - Movimento Brasileiro de Tradições Tropeiras!..
.
1.4. O MBTT informal - Iniciativas práticas No encontro interestadual que
presenciamos em maio de 2013 em Iperó, -
percebi que o movimento já
coordena-se informalmente em torno de objetivos práticos-patrióticos – no caso citado, unindo os valores cívicos e culturais do tropeirismo
com o mercado crescente do Turismo Rural - para oferecer alternativas de renda com cultura histórica aos proprietários
rurais; e de emprego, com cultura e civismo, aos jovens
do interior. Pode-se prever que outras fecundas iniciativas vão surgir. No
decorrer do presente
Manual, são apresentados alguns
exemplos e sugestões, ou “dicas”, visando
contribuir para o êxito dessa e
outras eventuais iniciativas.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Generalidades sobre assumir a tradição em qualquer local do Brasil.
1. IDENTIDADE TRADICIONALISTA E AUTOFORMAÇÃO
MM 17-01-2015
MM 17-01-2015
Tenho defendido a tese de que a identidade cultural tropeira é uma camisa
que se veste.
Não estando a maioria preparada ou motivada
para conscientizar-se, os tradicionalistas
promovem atividades lúdicas – bailes, desfiles, torneios eqüestres,
etc., - em que o amor à Tradição floresça naturalmente, pelo simbolismo, sem
cobranças.
A “autoformação” ou crescimento
interior não é imediata nem automática. “Tornar-se um tradicionalista
tropeiro”, no inicio, é simples – basta
a mudança de intenção ou de objetivo. Ele ou ela “dá o estalo” de apaixonar-se pelo
símbolo tropeiro e muda a
sua visão de mundo – passando gradualmente
- sem necessidade de
cobranças e quase sempre sem dar-se
conta - da visão individual vazia (do” eu sem nós”) para a
visão aberta a suas raízes histórico-sociais (para o” eu com nós”). Como
conseqüência desse impulso integrador, ele ou ela vai sentir a necessidade de “trocar figurinhas” com
alguém. Essa necessidade será preenchida, formando um grupo tropeiro ou ingressando num Centro de Tradições
tropeiras, com reuniões semanais
prazerosas em torno de um “fogo de chão Ao
adquirir objetivos e
afetos maiores, mais generosos, isso vai lhe permitir adquirir consciência e aperfeiçoar
seu amor próprio comum. Na prática do dia-a-dia, de sucesso em sucesso ou de lição em lição,
dos erros e acertos, ao promover-se os
simbolos da Tradição tropeira, tal atividade vai
ajudar o/a tradicionalista a criar e construir
sua autoestima como uma rua de duas mãos.. À medida que souber subordinar o amor próprio, crescerá a autoestima. Só então poderá
alcançar paz e beleza interiores e esbanjar empatia. Graças
a essas
virtudes novas Irá se transformando num homem novo ou numa mulher nova. Tal visão, traduzida em ações e fatos de qualidade será capaz
de lhe conferir condições de liderança.
Pode até resultar num tropeiro ou tropeira de alma grande ou com alma de horizonte,
- pela capacidade de conquistar a estima, confiança e admiração do grupo, pelo civismo e a cultura
tradicionalistas - inspirando novas lideranças e propagando a Tradição.
RETROSPETO DAS
ETAPAS
Resumindo podemos dizer que a metamorfose ou processo de crescimento cultural interior do/da tradicionalista , obedece três etapas funcionais: a)
curiosidade de conhecimentos culturais, históricos, etc.- informação b) exercício
de novas linguagens, diversões,
relações, etc - comunicação c)
desenvolvimento de opinião, criticas,
sugestões, etc. – orientação
Tudo isso exige
uma conduta especial – ler nos livros e
na vida; falar e escutar, sempre com amor e civilidade.
2 . PENSAMENTO MÍTICO E “MEDIUNIDADE CRIATIVA” - MM – 27-01-2015
Afirmo
que se tu és bom em redação, podes
perfeitamente criar uma narrativa de
ficção.Para isso é necessário: 1 - que
escolhas uma idéia artística, um assunto
ou tema que vai te servir de ponto de
partida a desenvolver e nele projetar a tua visão de mundo. 2 -
Nessa idéia inicial,, para desenvolver um enredo, precisarás de criar um
ou mais personagens
Até
aí, navegas no Real, pois teus personagens
e suas relações precisam ser verossímeis. Daí por diante, operando com
uma gama mais complexa de relações, , terás de mergulhar no Imaginário. Levado por tua visão de
mundo ao desafio de dar protagonismo aos
personagens
A nossa próxima página tratará doravante do tradicionalismo tropeiro, de cunho nacional. Colocamos esse breviário por ser fruto de 64 anos de colaboração crítica no tradicionalismo gaúcho. BREVIÁRIO DA TRADIÇÃO - Mário Mattos – Dezembro de 2008 Proposição ao 56º. Congresso do MTG realizado em janeiro de 2009 em Canguçu, RS.
1- TRADIÇÃO- A tradição é a tendência
natural de um povo a preservar sua experiência e transmitir de
geração para geração. Chama-se também
Herança Cultural. O Gaúcho é o símbolo da tradição no Rio Grande do Sul,
junto às demais tradições do Brasil
|
2. Para o indivíduo, aderir à herança
nativista, o introduz num processo de enraizamento: ao pago (lugar); à querência (gente); à sua geografia, à sua história e à sua cultura. E
ele passa a ter uma visão construtiva do seu meio e de si mesmo
|
3. Para a coletividade, o culto à tradição
funciona como Cultura de
resistência às falsas culturas de massificação consumista. Criando seus
próprios pólos de atração e motivação, o tradicionalismo fortalece a autoestima e a identidade cultural
|
4. Dentro do sistema espontâneo da
Cultura Nativista, o movimento tradicionalista gaúcho (MTG) é um sub-sistema
insti tucionalizado há 52 anos. Seus Estatutos e Carta de Princípios delimitam os direitos e deveres dos filiados e dos CTG´s
|
5.. Entrar para o CTG, é fruto de uma escolha de quem quer sair do mundo da comparação e entrar para o mundo da comunidade. Mas aí, começa nossa educação. Dentro de nós, sempre há algo já feito e algo ainda por fazer.
|
6. Com o tempo e a experiência descobriremos que no
próprio sistema dos CTG´s, de baixo a
cima, também existem falhas a corrigir
e situações a discutir e modificar. Pensar com a própria cabeça é o primeiro
dever do tradicionalista
|
7. E a quem
- senão ao próprio filiado do CTG -
cabe o direito e o dever de
contribuir e agir pela melhor qualidade
na prática do movimento? Esse é o
grande desafio de todos nós, que amamos a tradição gaúcha e queremos vê-la
prosperar
|
8. Como ensina Barbosa Lessa, o tradicionalismo é um movimento cultural, aberto e
democrático, nascido nos fogos de chão (portanto, não é ideológico). As culturas ideológicas fanatizam grupos e reprimem a criatividade das pessoas.
|
9-
Nossos rituais cívicos como a Chama Crioula e a Semana Farroupilha são Ritmos agregadores que
promovem os símbolos e mantêm vivo o
movimento. Mas o cimento psicológico
de tudo , é a gauchidade, superior
ao gauchismo comum
|
10. O que vem a ser a Gauchidade? Todos
os bons gaúchos, desde o simples peão
aos grandes lidadores, nos legaram exemplos de virtude, desprendimento e cordialidade – gaúchos de alma grande – o modo poético de ser riograndenses
|
11. O CTG não vive para si mesmo, mas
para gerar e semear virtude, como no
lema farrapo:”A virtude seguir, calcar
o vício – eis o dever de um livre americano”. A virtude, um bem
universal, toma côres próprias
na gauchidade riograndense.
|
12 Sem ideologias - basta
ser gente - inspirar-se no falar colorido e nas atitudes sábias das melhores pessôas do campo
pampiano. Eis a receita da gauchidade – praticar as melhores virtudes do nosso Interior, espaço gaúcho do Brasil
|
13. LEITURA. Para pensar com a própria
cabeça, comunicar-se com mais
eficiência e participar com
mais personalidade nas reuniões, o
tradicionalista tem o recurso de cuidar da
sua própria bagagem cultural - no hábito da leitura.
|
14..
A beleza selvagem do pampa sul americano, as habilidades da lida com
os animais e com o couro cru, as lutas pelo território, são campos
fascinantes que desafiam o tradicionalista
a desvendar e navegar nas origens do Rio Grande e sua cultura.
|
15. Os eventos tradicionalistas –
festas campeiras, apresentações de bailados, etc – dão-nos grande prazer.
Porém não esqueçamos que cada um
desses elementos tem sua origem - sua
história. São evocações curiosas da nossa identidade cultural.
|
16. Visitar bibliotecas de origens, nos Institutos
Históricos e Geográficos, é investir no próprio crescimento interior. Ali
contamos com livros dos melhores
historiadores que desvendaram, como em nenhum outro estado, a nossa
história
|
17. Ao lado da história, a literatura
contribui da forma mais agradável para
enriquecer a bagagem do tradicionalista. Os Contos Gauchescos de
João Simões Lopes Neto são a melhor iniciação à literatura e história
gaúcho-brasileira de valor universal.
É um livro de fácil acesso.
|
19. São más culturas: a simplificação
do CTG, as panelinhas, os preconceitos excludentes, o apego aos próprios defeitos,
o derespeito às minorias, a suficiência, a resistência ao diálogo, o autoritarismo, a displicência, etc, -
vícios que nos dividem e enfraquecem.
|
20. Não só as más culturas vindas
de baixo - vícios no CTG e no
seu meio de atuação – são negativas. Por outro lado, os êrros de direção – imposições sem diálogo, dogmas
fúteis, autoridade pela distância – também desensinam
e desencorajam os mais jovens.
|
|
21. MTG E DEMOCRACIA. Num modelo democrático do MTG, todo o
poder vem da maioria, cuja vontade soberana se expressa no Congresso. Ao fim
de cada Congresso, o plenário
deveria aprovar Resoluções e Diretrizes claras para serem
cumpridas em cada gestão.
|
22. As normas do Conselho Diretor
eleito no Congresso e da Convenção a ser convocada , só seriam válidas se obedecessem a
Diretrizes do Congresso. Caso contrário, serão norm ticas; ou de exceção, sujeitas ao
referendo do próximo Congresso.
|
24. Todos devem ser iguais perante os Estatutos do MTG. Qualquer
filiado em dia com suas obrigações , deveriam ter o direito de formular e enviar críticas e sugestões,
não só ao Congresso, mas fora dele também aos órgãos dirigentes do MTG – e
obter resposta.
|
Assinar:
Postagens (Atom)